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Qual tipo de empreendedor é você?

  • Foto do escritor: Erica Nascimento
    Erica Nascimento
  • 15 de abr.
  • 3 min de leitura

Em 2023, durante o processo de branding para uma marca de salões de tranças africanas em Lisboa, percebi algo curioso: na cidade onde moro hoje, no Algarve, não havia nada online num raio de 50km. Fiz uma nova busca só pra confirmar... e o resultado? Só apareciam salões em Lisboa. Mas quem vive aqui sabe: o que mais tem no Algarve são pessoas com tranças no cabelo! Se tem tanta gente com trança, alguém está fazendo esse serviço — só não está visível onde todo mundo procura primeiro: na internet.


Bingo. Oportunidade de negócio identificada.

Criei a marca, estudei, fiz um curso de trancista — não pra trabalhar com as mãos no salão, mas pra entender melhor o negócio que eu estava abrindo. E que universo incrível é o das tranças africanas: suas origens, histórias, divisões de opinião e pautas sociais importantes (mas isso eu deixo pra outro post ✨).


Claro, no começo fui muito questionada. Recebi olhares atravessados e até julgamentos: “O que uma mulher branca, de cabelo ondulado, que nem sabe fazer trança, está fazendo ao abrir um salão de tranças?”

Pois é. Não existe racismo reverso, mas existem caixinhas sociais. E colocaram-me em uma. Concorrentes, fornecedores, até conhecidos questionaram se eu "podia" fazer isso. Como se pra abrir uma padaria você precisasse saber fazer pão. Mas e quando o padeiro não tem coragem (ou preparo) pra abrir a própria padaria? 🤔


Ignorei o que não fazia sentido — como sempre fiz — e fui. O resultado?

O salão My Afro virou referência, atendeu clientes de todas as nacionalidades imagináveis — de chineses a alemães e suecos —, inclusive famosos, e assustou a cidade. Elevamos o nível da concorrência, que começou a se mexer: foram pras redes sociais, alguns se passaram por clientes só pra estudar nosso atendimento, preços, técnicas. E quer saber? Acho ótimo. Se meu movimento faz o outro dar o seu melhor, eu cumpri meu papel.


Mas aí veio um novo desafio: Mesmo com toda a estrutura e formação, percebi que o negócio só fluía bem com a minha presença constante. Faltava preparo: atendimento ao cliente, postura profissional, idiomas, comprometimento. O problema não era o serviço. Era a qualificação da mão de obra.

E mais uma vez, percebi: Se não existia salão de tranças aqui antes... Tão pouco existia uma escola de formação profissional nesse setor.

Então, pausa estratégica. O plano do negócio não mudou, mas agora preciso resolver o meu próprio problema.




Assim nasce a Formação My Afro – Tranças e Empreendedorismo. Um curso que vai além da técnica: 

  • Ensinamos as tranças mais clássicas com excelência 

  • Atendimento ao cliente 

  • Imagem profissional 

  • Marketing físico e digital 

  • Gestão e organização do negócio



e vamos plantar a semente da importância de não se acomodar e buscar conhecimento sempre.


Porque empreender vai muito além de abrir uma porta.

E aqui vai a reflexão que quero deixar:

Hoje em dia "gourmetizaram" o empreendedorismo. Mas ele existe de várias formas:

Tem o empreendedor por necessidade — aquele que vende brigadeiro no sinal, a Dona Maria que faz bolo de pote, o cara que entrega um cartão oferecendo jardinagem. Sem plano de negócios, sem investidor. Mas com urgência, criatividade e muita entrega, para mim esses são o puro suco do empreendedorismo.

Tem os talentosos empreendedores por Inovação, identificam algo nunca pensado antes e bravamente começam a sua jornada para criar solucoes novas desses saem a evolucao.

Tem o que vê uma oportunidade e faz o que pode pra tirá-la do papel. (Essa sou eu 🙋‍♀️)

Tem os dos podcasts, que acordam às 4:30 da manhã, fazem yoga, leem um livro, fazem call com o investidor e postam no LinkedIn que já fecharam contrato antes das 9h. E às vezes... com uma ajudinha do famoso PaiTrocinio. 😅


E tá tudo bem. Todos esses são empreendedores.


Mas no fim das contas, empreender não depende só de business plan, capital ou networking. Essas coisas ajudam, sim. Mas a característica principal é outra.

É a Coragem.


Sem coragem, você nem começa.

Sem coragem, você não recomeça. 

Não inova, não arrisca,

não enfrenta crítica, não enfrenta fracasso. 

Não dá o primeiro passo e, muito menos, o segundo quando o primeiro falha.


Seja no mercado, na sua cidade no país ou na sua empresa, Ser empreendedorr é para todos, mas ser corajoso, esse eu ja não sei.


E você tem coragem? Que tipo de empreendedor é?


 
 
 

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